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Vencer a Colite

Criança, adolescente, jovem, desportista, saudável. Aos 22 anos fui diagnosticado com colite ulcerosa, e agora?

Vencer a Colite

Criança, adolescente, jovem, desportista, saudável. Aos 22 anos fui diagnosticado com colite ulcerosa, e agora?

Qua | 27.01.16

A relação entre doenças e emoções

André
Recentemente li a seguinte citação:
Os nossos problemas não nascem na crise económica, na frente fria, no trânsito, na violência, no chefe, no vizinho, no marido, etc...A principal causa dos nossos maiores problemas e infortúnios estão dentro de nós mesmos: nossas emoções, nossos pensamentos e nossas crenças. E à forma como reagimos a isso tudo.
 
A colite está muito ligada às emoções e estas afetam de uma forma direta o nosso estado de saúde, talvez por isso a medicina ainda não encontrou uma cura para a colite, porque não são só os medicamentos que têm o poder de curar. Para todas as doenças existe uma co-relação emocional e comportamental que os livros "Linguagem do corpo" da Cristina Cairo, "Cure o seu Corpo" da Louise Hay e Metafisica da Saude de Valcapelli e Gasparetto ajudam a identificar. Hoje partilho algumas passagens destes livros, com um foco na colite ulcerosa.
 

 CureseuCorpo.jpg

 

Cure o seu Corpo, Louise Hay

 

"A causa provável da colite é a insegurança. Dificuldade em as pessoas se desapegarem de algo que já acabou."

 

 

 

 

CCairo.jpg

 

 

Linguagem do Corpo, Cristina Cairo

 

"A infeção e a inflamação são o excesso de enrgia yang, ou seja, ou seja, energia masculina que representa raiva, agressividade, violência verbal ou física, o dominador, o possessivo, o controlador e a guerra. As polaridades não devem extrapolar, devem permanecer juntas e equilibradas. Portando, toda infecção mostra que a pessoa está vivendo de forma masculina no coração e não está vivendo o yin (feminino: docilidade, meiguice, paz, amor, serenidade, flexibilidade etc) em suas atitudes.

Querido leitor, para reverter o processo infecioso, seja em que grau estiver, tenha em mente que os seus pensamentos agressivos devem-se transformar em amorosos e compreensivos. Suas tentativas constantes de mudar a cabeça de alguem ou suas queixas contra o governo ou contra o comportamento da familia estão destruindo você. Enteda que nada acontece por acaso neste mundo, é só observar e deixar as coisas serem como elas vieram para ser."

 

metafisicaSaude.jpgMetafísica da SaúdeValcapelli e Gasparetto

 

"A colite é uma inflamação do cólon... é caracterizada por uma série de ataques de diarreia sanguinolenta, seguida de febre alta.

Revela traços de personalidade dependente, acometendo indivíduos que se submetem a um apego exagerado entre si, gerando uma verdadeira unidade simbiótica. Esse apego impossibilita a manutenção da integridade do sentir, sufocando os sentimentos mais íntimos. Ao tomar para si o papel de "boazinha" e não desagradar os outros, a pessoa não mais consegue viver a própria vida.... já não consegue imaginar-se sem a aprovação das pessoas a seu lado. 


Para compreender melhor as estruturas que envolvem esse tipo de relação, ao invés de se favorecerem mutuamente em seu desenvolvimento as pessoas passam a gerar dependências. Esse tipo de relação é mais comum entre familiares, podendo, no entanto, ocorrer entre amigos.

A vida nos conduz às relações interpessoais. O próprio organismo depende da interação com o meio ambiente, movido pela  necessidade de absorção de alimentos, posteriormente excretados. A interação também  ocorre graças ao ar que inspiramos e exalamos constantemente. No que se refere à experiência pessoal, interagir com familiares e amigos é indispensável ao crescimento pessoal, o que não significa gerar dependências nem estabelecer relações simbióticas.

Determinados processos na vida são estritamente individuais, não se estendendo, portanto, àqueles que connosco convivem. Por mais que tentemos inserir o outro em situações extremamente benéficas para nós, teremos que admitir, por vezes, que aquilo não faz parte de seu processo individual, não podendo, portanto, ser compartilhado por outra pessoa. Ao recusarmos esses privilégios, passamos a limitar nosso próprio crescimento. É comum sentirmo-nos culpados por tomar uma decisão que venha a favorecer somente a nós, principalmente quando outra pessoa enfrenta dificuldades justamente na área em que estamos progredindo.

Quem sofre de colite não se permite ser o que é. Por medo da solidão, anula-se diante dos relacionamentos, apenas para não ferir as pessoas com as quais se relaciona. Sua insegurança é a mola mestra que impele a luta contra qualquer obstáculo que possa impedir sua ligação com alguém. Vale lembrar que aquilo que mais teme, ou seja, ficar só, já está acontecendo. Ao viver distante de si, buscando sempre agradar os outros, essa pessoa já experimenta a verdadeira solidão."

4 comentários

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    André

    28.12.16

    Olá Ana,

    Muito obrigado pelo seu comentário. São testemunhos como o seu que nos inspiram e levam a acreditar que há um caminho para lá do que a medicina conhece.

    Concordo consigo que é muito importante não termos a doença na nossa identidade, o vegetarianismo, yoga, meditação, são ótimas ferramentas para o nosso bem estar.

    Mais uma vez obrigado e um excelente ano!
  • Sem imagem de perfil

    Ana

    28.12.16

    Muito obrigada André!

    O teu blog recorda-me que as boas práticas que tive na altura, tenho de as manter para sempre pois se voltar a repetir padrões de raiva e ansiedade como os que tinha na altura poderei voltar a ter sintomas... ou não! lol

    O yoga ajudou-me a perceber as relações de desiquilibrio energético que tinha em vários chacras e a ter uma prática diária (2h/dia), a enfrentar medos e a fazer o crescimento que senti que era suposto eu fazer e que estava a recusar fazer há muito tempo. Hoje sou uma pessoa totalmente diferente, sou formadora, coach, organizo os meus workshops etc

    De algum modo na altura invejava as crianças africanas, ao menos nos trópicos a incidencia da doença é muito baixa. Claro está que era estúpido pensar uma coisa destas, pois muitas delas gostariam de ter algo mais para comer do que arroz e feijão mesmo que fosse torradas com manteiga de soja ou abobora com tostas no forno... Acho que a grande questão é que nessas zonas do planeta a conexão com a natureza é maior, as pessoas preocupam-se menos e os niveis de stress e ansiedade são menores. E usam plantas que têm propriedades curativas muito fortes como Moringa e utilizam o barro / argila para fazer os comprimidos com as plantas e tomarem (por acaso uma das curas naturais para a colite que na altura vi tinha a ver com beber àgua com uma certa quantidade de argila) e os meus amigos missionários têm visto as Irmãs Missionárias em moçambique curarem doenças com ervas (é tudo o que têm) e que nós cá para curar nos iriamos entupir de medicamentos.

    Convem referir que 2 anos antes de ter tido a colite fiz um tratamento super abrasivo para o acne à base de isotretionina... quando descobri o que este quimico faz e que está associado a esta doença fiquei muito muito revoltada com tudo, com a vida, com a minha dermatologista e com o facto deste farmaco ser permitido em portugal / europa quando é proibido na américa. Mas nem por isso quis aceitar o papel de vitima nem aceitar os factos. Ainda hoje sempre que alguém me pergunta que doenças tem? ou falam comigo como se eu tivesse colite eu respondo sempre: "Eu não tenho colite ulcerosa" ou "eu tive sintomas de colite ulcerosa há muitos anos atrás, foi tratado e curei-me. :) "

    Houve muitas coisas boas que vieram desta situação, curei a minha relação com o meu pai, transformei a minha vida, descobri que sou corajosa, aprendi a escutar-me mais a mim, o meu coração, a minha alma, a Deus e aos pequenos sinais que nos mostram o caminho certo.

    Se interessar fiz todo o meu percurso de yoga e cura na Natha - Escola Espiritual de Yoga e Tantra, eles têm uma escola no Porto também e a cima de tudo têm uma abordagem do yoga mais espiritual e menos de performance de ginásio, ensinam o que cada postura pode curar e equilibrar e isso ajudou-me muito a construir a minha prática.

    Mas como em tudo... cada um tem de escutar o seu coração, seguir a sua verdade e fazer o caminho que for o certo para si para se curar mas é importante decidir que nos vamos curar e centrarmos a nossa vida à volta de algo que não seja a doença caso contrário como diz a Caroline Myss no seu livro sobre o porquê das pessoas não se curarem, passamos a viver da doença, torna-se uma zona de conforto que não queremos abandonar.

    Estou grata pelos desafios da vida que me fazem crescer como diz o ditado "Ás vezes a cura é amarga mas o paciente precisa" e eu precisava do processo de crescimento que esta situação trouxe.

    Muito sucesso André, obrigada pela coragem de fazer o blog e a vontade de ajudar! Um 2017 cheio de conquistas, descobertas, alegrias, serenidade, crescimento espiritual, amor, abundância e muita saude!

    Beijinhos
  • Imagem de perfil

    André

    29.12.16

    Fantástico Ana, obrigado pelo testemunho que me ajuda a seguir em frente e a todos que terão o prazer de ler!

    Quando diagnosticaram-te colite, que sintomas tiveste? Estiveste internada? Que medicação tomaste na altura?

    Estamos alinhados quando dizes que não podemos centrar a nossa vida à volta da doença, temos de nos visualizar como ela não existisse. É também importante termos um propósito de vida, o qual dá-nos muita força e energia, sobretudo nos momentos menos bons.

    Recentemente também iniciei a prática do yoga, estou numa fase muito inicial, irei contactar a Natha :-)

    Pelo que conheço desta doença, é muito imprevisível e varia muito de pessoa para pessoa, e como diz a Ana, "cada um tem de escutar o seu coração", mas como te disse, o teu caso é uma inspiração e estou super curioso para conhecer um pouco mais. Que tipo de desenvolvimento pessoal fizeste? Os teus workshops estão relacionados com o desenvolvimento pessoal? De saúde?
    Se quiseres partilhar aqui o teu email seria ótimo, ou envia-me um email para venceracolite@sapo.pt.

    beijinhos e um excelente 2017 com muita saúde, harmonia e amor!
    André
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