Probióticos e suplementos, os efeitos são placebos?
Ontem estive numa consulta com a minha médica de gastrenterologia e tive acesso ao resultado das ultimas análises sanguíneas, que mostraram que o meu organismo não criou defesas contra o medicamento (infliximab), o que significa que posso continuar a tomá-lo, mas a partir do próximo mês irei dobrar a dosagem para ver se a perda de sangue é interrompida e a doença entra numa fase mais calma.
Perante este cenário, os próximos passos em termos de medicina convencional são:
1) Aumentar a dosagem do infliximab (de 6 em 6 semanas) --> simultaneamente verificar se o meu organismo não ganha resistências ao medicamento - Se não resultar: ponto 2 ou 3;
2) Continuar infliximab (de 4 em 4 semanas) --> simultaneamente verificar se o meu organismo não ganha resistências ao medicamento;
3) Infliximab + imuran --> simultaneamente verificar se o meu organismo não ganha resistências ao medicamento e o nível dos meus glóbulos brancos - Se não resultar: ponto 4;
4) Injeções cutâneas (de 15 em 15 dias dias) --> Este tratamento não tem tido muito bons resultados em doentes com colite ulcerosa.
5) Se não obtiver resposta positiva de nenhum destas 4 possibilidades, terá que se equacionar a cirurgia.
Tenho um sentimento sincero que não serei operado, tenho consciência que há muitas mais alternativas que me levarão a uma vida completamente saudável e liberto da colite!!!
No decorrer desta consulta pedi à médica para prescrever análises sanguíneas para ver os meus níveis de vitamina D e também dos marcadores serológicos para o diagnóstico da doença celíaca. Existem evidências que as pessoas com DII têm défice de vitamina D, o resultado destas análises servirão apenas para eu aferir a quantidade de suplemento desta vitamina que precisarei de tomar e para verificar se tenho alguma intolerância ao glúten.
Também falei à médica se não deveria tomar algum probiótico, aqui a resposta não foge muito da utilizada frequentemente pelos médicos das mais diversas especialidades, "Não está provado que os probióticos ajudem a resolver ou a melhorar os sintomas da doença...", a médica disse que eu poderia tomar, que até poderia ter um efeito placebo. Os médicos mais do que nós sabem que há evidências que os probióticos restauram o equilíbrio das bactérias no intestino e agem no foco da inflamação.
De qualquer forma, acerca de 2 semanas comecei a tomar um probiótico (Advanced multi-billion dophilus) que comprei no celeiro, mas tenho procurado sem sucesso comprar o VSL#3 que tem uma concentração muito superior de microrganismos e é recomendado precisamente para a colite ulcerosa. Este medicamento vende-se em qualquer farmácia Portuguesa, mas encontra-se esgotado .
Para finalizar, ontem recebi uma encomenda de um suplemento de ómega-3 que comprei numa loja online na Grã-Bretanha.
Eu estou a avançar para estas alternativas, mas tenho recorrido à opinião de pessoas especializadas e conhecedoras como são o Naturopata e o Gabriel Mateus do projeto Safira. Não estou de forma alguma a sugerir que todos devamos tomar suplementos, estes entre outras coisas estão dependentes da condição e necessidades do nosso organismo.
As alternativas não se esgotam aqui, partilharei mais algumas no próximo post, as quais farão parte das minhas resoluções para 2016!
Referências:
- Opti3;
- VSL#3;
- The University of Chicago Medical Center, Queen's University, Cornell University, Rush University; Vitamin D receptor pathway is required for probiotic protection in colitis.